terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dança Contemporânea no Paraná



Espetáculo da Cecilia Gama Cia. de Dança, de Maringá, participante do projeto - Foto Divulgação 

Artistas, pesquisadores e professores de dança de sete cidades do Paraná circulam pelo estado com espetáculos, oficinas e palestras



 Nos dias 29 e 30 de novembro, Londrina recebe o projeto Dança contemporânea no Paraná: circuito compartilhado, que reúne 21 pessoas, entre produtores, artistas, pesquisadores e professores de dança, de sete cidades do estado: Guarapuava, Curitiba, Londrina, Campo Mourão, Ponta Grossa, Maringá e Umuarama.

Configurado a partir do princípio de descentralização, o Circuito Compartilhado busca promover o diálogo sobre a dança contemporânea no Paraná e identificar maneiras de despertar sua potencialidade.

Para isso prevê encontros de dança em três cidades: Campo Mourão, Guarapuava e Londrina. Todas as atividades serão gratuitas e abertas à comunidade. Fazem parte da programação palestras sobre políticas públicas, painéis sobre as condições da dança nas cidades envolvidas, apresentações de dança contemporânea com mediação de profissional, oficinas e mostras de vídeo.

O projeto está sendo viabilizado com recursos do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2008. Tem a concepção e a coordenação de Marila Velloso, bailarina, doutoranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia e professora de dança da Faculdade de Artes do Paraná.


Serviço:

Dias 29 (domingo) e 30 (segunda) de novembro das 9h às 12h15 e das 14h30 às 21h
Local: Casa da Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Divisão de Artes Cênicas: Rua Duque de Caxias, 3391, Centro.
Entrada franca
Realização: Fundação Nacional de Arte (Funarte)/Ministério da Cultura
Empreendimento: Contacto Associação Cultural
Apoio: Unicentro, Casa de Cultura UEL, Sesc PR Campo Mourão e Fórum de Dança de Curitiba

Mais informações em:
Uno, espetáculo do  Grupo de Dança da FAP,
participante do projeto - Foto Luana Navarro - Divulgação
 

Programação:

OFICINAS

Dia 29/11

Oficina 1 – Das 9h às 10h30
Laban: coreologia e a criação em dança, com Juliana Greca (Guarapuava/PR)

O foco desta oficina é a teoria de Laban sobre movimento. A partir daí, acessaremos caminhos que auxiliam no processo de criação em dança abordando não só a teoria sobre eukinética, como também experiências práticas de pesquisa de movimento.
Destina-se a: interessados em dança, atores, bailarinos, professores de arte e educação física. Requisitos: papel, caneta e vir com roupas confortáveis.

Oficina 2 - Das 10h45h às 12h15
O Corpo: A escuta e a criação, com Rosemeri Rocha e Mariana Baptista (Curitiba/PR)

Parte-se do entendimento que o corpo é o foco e a própria matéria-prima para criação do movimento e escuta do ambiente. Portanto, a proposta focaliza o estudo da anatomia e da fisiologia como ponto de partida para investigar as possibilidades de movimento do corpo. Através da experiência da percepção, o criador investiga, identifica e registra as sensações. Constrói sua pesquisa individual e se relaciona com o material selecionado durante a oficina.
Conteúdo: Partes do corpo (mãos, coluna, cabeça-quadril e pernas); Improvisação  com o material absorvido da investigação; Partituras individuais.              
Destina-se a: pessoas maiores de 14 anos.

Dia 30/11

Oficina 1 - Das 9h às 10h30
Para articular, com Gevana Freitas (Umuarama/PR)

Trabalhos envolvendo alongamento, movimentos articulares e pesquisa de movimentos.
Destina-se a: qualquer adulto disponível (a partir de 16 anos) ou interessado em uma experiência através de uma aula de dança.

Oficina 2 - Das 10h45 às 12h15
Dança Contemporânea e princípios do Body-Mind Centering®, com Marila Velloso (Curitiba/PR)

Aula de dança contemporânea que articula padrões pré-vertebrados e o sistema de fluidos como suporte para a movimentação em dança.
Destina-se a: bailarinos profissionais, criadores-intérpretes, e pessoas interessadas com alguma vivência em dança.

CONVERSA-PALESTRA seguida de MOSTRA DE VÍDEOS

Dia 29/11, das 14h30 às 16h30

Dança enquanto Área de atuação política, com Marila Velloso

Reflexão acerca da dança como área de atuação política abrangendo a temática do Sistema Nacional de Cultura e Plano Nacional de Dança, campos de representatividade específica, a importância das mobilizações e da organização da sociedade civil.

17h Mostra de vídeo

Dia 30/11, das 14h30 às 16h30

Dança Contemporânea no Paraná: Circuito compartilhado, com colaboradores e co-organizadores do projeto

Apresentação de contextos de dança de determinadas cidades paranaenses e debate sobre questões pertinentes a realidade local de Guarapuava com o público presente. Apontamentos sobre a atuação do Fórum de Dança de Curitiba e Contacto Associação Cultural. Levantamento de proposições conjuntas para a expansão do campo da dança no estado.

APRESENTAÇÕES

Dia 29/11 às 18h

1) Cia UNIPAR de Dança Contemporânea (Campus Umuarama/PR)
Imagens desconexas

Através de laboratórios corporais e pesquisas acerca do agir cotidiano das pessoas, o grupo trouxe para o centro de seu novo trabalho discussão sobre as aproximações e distanciamentos nas interpretações que se pode ter de um mesmo objeto, de um momento, um flash na vida das pessoas. O ser ou o estar em cena, em uma janela, em um lugar que possa determinar quem somos, ou o que pretendemos ser.

Somos cegos ao óbvio
Preferimos escutar o silencio a ouvir qualquer grito;
Escondemos-nos atrás de nos mesmos
Atrás de imagens e visões óbvias e mediocremente iguais a tantas outras
Reproduzimos Imagens Desconectadas daquilo que realmente acreditamos.

Ficha técnica
Coreógrafa: Solmara Castello Branco de Oliveira
Intérpretes-criadores: Valeria Silva e Paulo Vitor Quinalia
Direção Geral: Solmara Castello Branco de Oliveira
Criação Cênica e Iluminação: Solmara Castello de Oliveira
Figurino: Paulo Quinalia e Tatiana Biaca.

2) Grupo NEAC - Núcleo Experimental de Artes Corporais (Londrina/PR)

ColecionaDOR (solo)

A experiência de ser estudante de dança deixa marcas indeléveis no corpo (lembrança, psicologia, comportamento, anatomia, visão de mundo). A profissionalização é uma opção pela vida artística que ali se revela em contornos singulares (cada um é um, cada corpo com sua história). O conceito de dor voluntária, neste projeto, assume o sentido da opção pela transformação corporal (na aquisição de técnicas e na sujeição aos processos criativos das várias ordens) e a manutenção dos estados criativos e a construção da presença cênica. Num dado momento, na maturidade do corpo e do entendimento de si (se isto realmente existe) o artista depara-se com uma outra realidade de seu corpo: a nova realidade de um corpo já maduro. No entanto, os autores deste projeto pretendem estabelecer processos comunicativos a partir de uma estética da exploração desta história, revelada inicialmente pelo relato das dores que sentem no momento presente e pela rememoração de suas dores físicas, em partituras cênicas. Além de falar da dor, escrutiná-la. Partindo da dor voluntária como sacrifício do artista perante o público, resultando numa empatia ímpar, numa cumplicidade orgânica entre o olho (corpo) que vê e o artista (corpo) que se revela.

Ficha técnica
Intérprete: Cláudio de Souza
Direção: Aguinaldo de Souza

3) Grupo de Dança da FAP (Curitiba/PR)

UNO

UM, base e ponto de partida. Trata-se da atualização de um corpo carregado de conceitos geradores de uma pesquisa colaborativa, que hoje se desestabiliza em seus próprios princípios existentes. Uno, busca o equilíbrio dinâmico dos contrários reconciliados na individualidade e na continuidade de uma obra.

Ficha Técnica
Direção e Concepção: Rosemeri Rocha
Criadoras-intérpretes: Isabela Schwab, Mariana Batista, Peter Abudi e Aline Vallim
Cenário Sonoro: McNutello e Clonboy
Edição da Trilha: John Crystian

Dia 30/11 às 19h

1) Cecília Gama Cia de Dança: Percurso de uma companhia de dança (Maringá/PR)

Conversa/palestra com Cecília Gama e/ou Sylviane Guilherme, sobre a Cecília Gama Companhia de Dança que desenvolveu suas atividades na cidade de Maringá entre os anos de 2000 e 2005. Apresentação do histórico do grupo e dos trabalhos iniciais e do espetáculo Fiaeu. Traremos ainda vídeos dos processos do segundo trabalho que estávamos construindo, mas que, entretanto, não pôde ser finalizado... Ainda!

2) Margha Vine (Londrina/PR)

Improviso 5248

Explora os estados que os diferentes sistemas do organismo propõem, a fim de construir imagens da poesia do movimento sonoro. Uma sensação de preenchimento, atividade, presença e plenitude. Imagens sonoras, táteis, visuais, gustativas e cinestéticas: liberdade e consciência para expressar novas experiências. Na não-forma, existe contida a probabilidade de inúmeras formas se manifestarem. E na fluidez sutil da vida, todos os organismos ocupam o mesmo espaço. Não há separação. “Por quase toda minha vida na terra, vivi como uma personagem de história em quadrinhos, sem uma consciência de mim mesma, adaptada ao turbilhão da experiência em sociedade. Apenas uma rara vez, a consciência da própria existência me percorrera o corpo como um calafrio, e pela primeira vez me senti viva. Percebi ser apenas um dia na eternidade, um piscar de olhos no tempo. Um breve ato entre uma inspiração e uma expiração. Uma impermanência. O mundo está preenchido por sofrimento. Mas também existem muitas coisas boas. Muitas as quais me afeiçoo. Mas nada daquilo que amo e a que me apego perdura”.

Ficha Técnica
Criação e interpretação: Margha Vine

3) Zéfira Cia Cênica (Guarapuava/PR)

 Às Vezes Sempre

Da necessidade de realizar sempre as mesmas determinadas tarefas, a obsessão se torna uma constante, gerando um novo padrão de comportamento perante as situações do cotidiano.
Enfatiza-se o estado dos corpos gerados por comportamentos excessivos, proporcionando certos estranhamentos perante a sociedade.

Ficha Técnica
Direção: Graciana Moreira Justo e Thaísa Dias Marques.
Iluminação: Graciana Moreira Justo.
Figurino: Graciana Moreira Justo e Thaísa Dias Marques.
Elenco: Angélica Moreira Justo, Graciana Moreira Justo e Thaísa Dias Marques.

4) Verve Companhia de Dança (Campo Mourão/PR)

Non Invito (Vídeo de curta-metragem / 2007 / 16 minutos)

Projeto piloto que estuda a viabilidade de realização de um longa-metragem.  Após o primeiro minuto, toda a cena é feita em um único plano-sequência. A câmera acompanha a personagem principal sem cortes. O desafio será produzir um longa-metragem em uma única tomada de câmera.

Ficha Técnica
Direção, concepção e imagens: Fernando Nunes
Intérpretes-criadores: Mariusa Bregoli, Austin Andrade, Chris Vine, Ryan Lebrão, Patrícia Zarske, Diego Oliveira e Rodolfo Greco
Trilha Sonora: Chris Vine
Design de Luz: Silvio Vilczak
Assistente Técnico: Milton Lima
Assistente de Produção: Marizeli Bregoli
Apoio de Produção: Célia Guedes
Edição: Incite FX
Produção: V8 Comunicação
 

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