quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Hoje no FILO

“Distancia Site Minutos” da companhia Titzina Teatro (Espanha)

Sinopse

Ao mesmo tempo em que o robô Curiosity é enviado ao espaço, jovem juiz se vê obrigado a abandonar sua casa, afetada por uma praga de cupins, e buscar abrigo na residência da família. O ambiente de julgamento onde ele toma suas decisões e a convivência com seu pai trarão à tona temas fundamentais, como a justiça, a felicidade e o destino.

Companhia

Fundada em 2001 por Diego Lorca e Pako Merino, atores, diretores e produtores formados na Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, em Paris, a Titzina Teatro se consolida como companhia de estilo próprio, definido como Sello Titzina. O grupo acumula quatro trabalhos premiados: “Distancia Siete Minutos” (2013), “Exitus” (2009), “Entrañas” (2005) e “Folie a Deux/Sueños de Psiquiátrico” (2003) – este último, também adaptado para o cinema.

Classificação

14 anos
Horário: 20:30
Local: Teatro Mãe de Deus 

“Maria que virou Jonas ou A Força da Imaginação” da Companhia Cia Livre (São Paulo – SP)

Dois atores transgêneros se encontram num “chat-rolete”, compartilhando online o convite para a participação numa peça teatral. Já no espetáculo, contam ao público o impasse sobre a distribuição dos papéis masculino e feminino. A plateia participa de um sorteio ao vivo e a peça tem início.


Os atores se revezam nos personagens, enquanto lançam uma discussão sobre identidade de gênero, questionando os limites entre representação, fantasia, teatralidade, aparência e verdade. O texto é baseado no ensaio “A Força da Imaginação”, do filósofo Michel de Montaigne, sobre Germain Garnier que, nascido Marie, muda de sexo e é aceito socialmente como homem.

A montagem tem dramaturgia de Cássio Pires e da Cia. Livre, com direção de Cibele Forjaz. A companhia paulista trabalha desde 1999 com processos de pesquisa e criação abertos ao público, o que resulta na participação ativa da plateia na estrutura dos espetáculos. 

Classificação

16 anos
Horário: 20 horas
Local: Divisão de Artes Cênicas/ Casa de Cultura UEL

“Artista de Fuga” da Companhia Araucária Produções Artísticas/ Marcos Damaceno Companhia de Teatro (Curitiba – PR)

O belo cenário abriga três personagens entre paredes negras repletas de frases escritas com giz. O som da canção “Space Oddity”, de David Bowie, dá o clima para o começo do espetáculo. Na história, o mestre do ilusionismo Houdini é o alter ego de um escritor em crise, afogado no caos. O “Artista de Fuga” se pergunta se é possível escapar da morte, tentando fugir da própria vida banal. Procrastinador crônico, nunca dá conta de seus compromissos, dos prazos, do tempo, das contas a pagar, dos relacionamentos, afetivos ou profissionais.

Ansioso por natureza, angustiado desde sempre com o mundo ao qual pertence, se refugia em espaços mentais onde imagina que possa encontrar o lugar ideal para a construção de sua pretensa obra-prima, um romance eternamente inacabado. Entre o trágico e o patético afloram as neuroses de uma mente já quase alheia ao mundo real.

A encenação de “Artista de Fuga” segue a linha da dramaturgia contemporânea, e com tratamento do texto nas vozes dos atores como elemento primordial. A montagem foi sucesso na temporada de 2015 e conta no elenco com Paulo Alves, Eliane Campelli e Rosana Stavis, atriz e cantora, estrela em ascensão no teatro brasileiro. Escrita e dirigida por Marcos Damaceno, a partir de texto de Guto Gevaerd, “Artista de Fuga” traz uma direção de arte bem cuidada, música primorosa de Guto Gevaerd e iluminação do premiado Beto Bruel.

A companhia de Marcos Damaceno é hoje uma das mais representativas do teatro paranaense e tem em seu currículo espetáculos de grande repercussão nacional. Já se apresentou em mais de 100 cidades de todas as regiões do país e foi indicada aos principais prêmios do teatro brasileiro, incluindo Prêmio Shell, Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Aplauso Brasil.

Classificação

16 anos
Horário: 19 horas
Local: Teatro Zaqueu de Melo

 Para mais informações acesse o site oficial do FILO

*Os ingressos podem ser comprados na Bilheteria oficial do Festival no Royal Plaza Shopping (R. Mato Grosso, 310 - Centro, Londrina - PR) ou pelo SITE


terça-feira, 9 de agosto de 2016

4º concerto camerístico da Série "O Som que Toca a Alma" será realizado no dia 11 de Agosto


A Orquestra Sinfônica da UEL realizará no dia 11 de agosto, às 20h, o 4º concerto camerístico da Série "O Som que Toca a Alma". O concerto, que tem entrada gratuita e é aberto ao público em geral, acontecerá na Igreja Adventista do 7º Dia Central de Londrina que fica na Rua Natal esquina com Av. JK.
O programa, sob a regência de Evgueni Ratchev, contemplará obras do período barroco (Albinoni e Bach), clássico (Mozart) e contemporâneo (Genzmer). Os músicos da OSUEL Nildo Rocha Baía (violino) e Jussival Rocha dos Santos (flauta) serão os solistas do concerto.

Serviço:

Concerto da Série "O Som que Toca a Alma"
Local: Igreja Adventista do 7º Dia Central de Londrina - Rua Natal, 42 (esquina com Av. JK)
Dia: 11/08/2016, quinta-feira
Horário: 20h
Entrada gratuita


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Resenha 'O que eu mais desejo'

O filme "O que eu mais desejo" começa a ser exibido hoje no Cine Com- Tour e ficará em cartaz até o dia 17 de Agosto. Veja a resenha de Luiz Zanin e pegue a próxima seção das 16 horas :) 



O mais interessante de O que Eu Mais Desejo é como o diretor Hirokazu Kore-Eda joga com a simplicidade. Seus filmes, e este, em particular, parecem despojados até o limite. São expurgados de qualquer firula cinematográfica, filtrados de efeitos, levados a uma singeleza zen.
Aqui, o ponto de vista é o da criança. Ou de algumas delas. A trama é mínima. Na ilha de Khyusu, dois irmãos vivem distantes depois que os pais se separaram. O mais velho mora numa extremidade da ilha, com a mãe; o mais novo no outro lado, com o pai. Na ilha há um vulcão. Ele derrama suas cinzas de um lado, enquanto do outro o sol brilha.
Poderia ser uma metáfora pesada sobre a vida difícil, mas, se for, é esculpida com tanta delicadeza que nem aparenta ser. Parece apenas registro de um fenômeno da natureza, com o qual todos sofrem de uma maneira ou de outra e do qual não vale a pena se queixar. O vulcão fumega e as cinzas invadem a casa e depositam-se sobre os objetos. Não há o que fazer senão limpá-los. Assim como não há o que fazer senão jogar na vida com as cartas que recebemos do destino.

Os desajustes humanos é que interferem mais. Por isso, o sonho de Koishi (Koki Maeda), o irmão mais velho, é reunir de novo toda a família. Mas, na ordem (ou desordem) das coisas humanas, isso não parece possível e nem mesmo provável.O mais novo, Ryunosuke (Oshihiro Maeda) vive com o pai, um músico de vida desregrada.
Por isso, Koishi sente esperança quando na escola ouve falar que um desejo, formulado quando dois trens de alta velocidade se cruzam, se realiza. É isso, apenas, o que se coloca no centro do filme: a realização de um desejo infantil, no quadro do que se poderia chamar de lenda urbana. À medida em que a ideia se propaga, outras crianças se juntam ao grupo pois todas têm algum desejo a ser realizado. Uma garota quer ser atriz. Outra pede apenas para chamar a atenção de um bibliotecário com pinta de galã. E por aí vai.
Freud dizia que todo sonho, depois de interpretado, se revelava uma realização de desejos. Os sonhos infantis seriam a prova mais direta dessa tese, pois ainda não sujeitos a tanta repressão como nos adultos, mostra os desejos que se expressam de forma explícita. Por isso, logo no começo, o garoto conta o sonho que teve durante a noite – que “nós quatro estávamos juntos outra vez”. Ou seja, pai, mãe e os dois irmãos. A lenda do encontro dos dois trens bala é a formulação desse desejo em termos de um acontecimento da vida real, como se uma espécie de fresta no tempo se abrisse nesse instante. Algo mágico, de ficção científica.
É apenas isso. Mas será? A sutileza do cinema de Kore-Eda nos faz pensar em algo mais. E esse acréscimo vem nas, digamos assim, entrelinhas do filme, naquilo que é sugerido e entrevisto. Por isso, há toda uma acuidade nesse olhar em aparência ingênuo, o das crianças, lançado sobre um determinado modo de vida. Centrado nesse ponto de vista infantil, o que sobressai é a trivialidade da vida dos adultos, perdidos em seus conflitos e seu egoísmo. Fechados, enfim, para o que existe de mais importante na existência. Essa essência se desvela mais ao olhar cheio de frescor da infância do que à pretensa sabedoria da vida adulta. Daí o filme adotar visual tão despojado que parece filmado de maneira casual. Pelo contrário, essa impressão de frescor é a mais difícil de ser obtida.
*A matéria foi veiculada no Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo

Serviço

Cine Com- Tour (Avenida Tiradentes, 1241 - Londrina)
Sessões: às 16h e às 20:30h
Ingressos: R$12 e R$ 6 (meia)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

"O que eu mais desejo" no Cine Com- Tour a partir de amanhã




Sinopse

Na ilha japonesa de Kyushu, dois irmãos são separados após o divórcio dos pais. O mais velho, Koichi, foi morar com sua mãe na casa dos avós, localizada no sul da ilha, numa área campestre perto do preocupante vulcão Sakurajima. O irmão mais novo, Ryunosuke, manteve-se com o pai, guitarrista, no norte da ilha, região moderna e industrializada.
Durante uma aula, Koichi descobre com os amigos que a chegada do Trem Bala à ilha poderá mudar o destino dos habitantes locais, já que a crença popular diz que milagres acontecem quando dois trens se cruzam. Assim, o garoto decide orquestrar um plano para ver o cruzamento dos trens e concretizar seu desejo mais profundo: ver o vulcão entrar em erupção e destruir sua parte da ilha, para que ele, a mãe e os avós sejam obrigados a morar com o pai - reunindo novamente sua família.

Trailer



Serviço

Cine Com- Tour (Avenida Tiradentes, 1241 - Londrina)
Sessões: às 16h e às 20:30h
Ingressos: R$12 e R$ 6 (meia)
O filme estará em exibição até o dia 17 de Agosto