quinta-feira, 30 de junho de 2016

Começa a temporada musical em Londrina


O 36º FIML terá duas semanas intensas de boa música
para todos os gostos e idades



Formação, vivência, performance. Este é o vértice de um dos eventos musicais mais longevos e respeitados do Brasil. Nesta 36ª edição, o festival ganha a chancela Festival Internacional de Música de Londrina (FIML) - “Paixão pela Música” - será realizado de 07 a 21 de julho com muitas apresentações em teatros, ruas, igrejas, praças, bares e nas cidades circunvizinhas do norte do Paraná.

Serão aproximadamente 74 eventos programados na Catedral Metropolitana de Londrina, igrejas, shoppings, Colégio Mãe de Deus, Teatro Zaqueu de Melo, Teatro Crystal Palace, Teatro Marista, Circo Funcart, SESC Cadeião, Centro Cultural SESI/ AML, Anfiteatro do Zerão, Calçadão, Concha Acústica, Bar Valentino, além do projeto de regionalização em dez cidades do Paraná.

O FIML tem direção artística do pianista Marco Antonio de Almeida e vai novamente privilegiar “todas as músicas” principalmente a música brasileira, mantendo sempre o alto nível de performance dos músicos convidados. Durante o festival estão previstas apresentações de grupos constituídos nas oficinas e cursos com formações diversas como big band, Orquestra Sinfônica do FIML, coro infantil e adulto, grupos de música de câmara, Ópera Studio, grupos de jazz, grupos de MPB e montagem de espetáculos.

As intervenções urbanas com os projetos Música Sobre Rodas e Música e Saúde, que preveem apresentações musicais em ônibus e em hospitais da cidade estão confirmadas na grade. A maratona musical será aberta com o Quizomba Junino neste domingo, dia 03, na Vila Cultural Kinoarte, como pré-evento do Festival de Música.

Performances para todos os gostos


Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (foto: divulgação)
O Festival de todas as músicas promete farta opção de apresentações entre os dias 07 e 21 de julho, com artistas que realizam importantes trabalhos no Brasil e músicos estrangeiros especialmente convidados para os cursos e apresentações especiais na grade artística.

A tradição dos Concertos de Abertura e Encerramento faz parte da programação artística do FIML. A Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, coros londrinenses, Julija Botchkovskaia (piano), Gustav Frielinghaus (violino) Antonio Del Claro (violoncelo) e Mirna Rubim (voz) abrem oficialmente a 36ª edição no dia 11 de julho na Catedral Metropolitana. Sob a regência de Alessandro Sangiorgi, serão executadas obras de Camargo Guarnieri e Beethoven e a famosa Suíte do Fantasma da Ópera de Weber.

Pelo segundo ano, o festival terá a grata presença da Orquestra Sinfônica Jovem, formada durante o festival por jovens músicos provenientes de projetos socioeducativos culturais Projeto Guri (SP), Ação Social pela Música do Brasil (RJ), Orquestra Villa Lobos - Instituto Cultural São Francisco de Assis (RS) e Orquestra Jovem Paquetá (RJ). A regência da orquestra Jovem será novamente do maestro espanhol Josep Caballe Domenech com apresentação marcada para o Concerto de Encerramento no dia 21 de julho, com as Danças Sinfônicas do musical West Side Story de Leonard Bernstein e participação especial do Coro Sinfônico do 36º FIML sob a regência de Mariana Farah.

Camerata Antiqua de Curitiba (foto: divulgação)
Após vários anos, retorna a Londrina a Camerata Antiqua de Curitiba (CAC), verdadeiro símbolo de resistência ao completar 42 anos de trabalho sob o comando do maestro emérito Roberto de Regina e a cravista Ingrid Seraphim. O grupo curitibano tinha como proposta inicial execução exclusiva de música barroca e renascentista, mas ao longo dos anos foi enriquecida com o repertório de compositores contemporâneos nacionais e estrangeiros, abrindo novas vertentes musicais. Durante o festival, coro e orquestra apresentarão repertório dedicado a Mozart e Alberto Nepomuceno.

Neuma Ensemble também volta para a programação do Festival de Música com um concerto em que apresenta repertório de origem judaica, árabe e cristã dos séculos VI ao XV. Os integrantes fazem um recorrido dos ecos da tradição oral da sinagoga, da mesquita, da igreja católica, onde se realizava a música como encontro com a Divindade do Criador e das salas dos castelos como entretenimento. O grupo é formado pelas sopranos, Marjorie Báccaro e Thaís Cristine, o alaudista e barítono, Pedro Augusto Liro e o diretor do grupo, Plínio Machado, que toca a Vièlle Medieval.

Dentre os destaques da música brasileira, a violonista, compositora, cantora de Jazz Badi Assad, que apresenta no dia 08 de julho, canções intimistas e pérolas da MPB de sua autoria e de compositores como Chico César e Chico Buarque.

Choro, Jazz, Opereta, Circo e os sopros de um Quinteto


Trio Turuna também integra a programação do Festival de Música deste ano.  Formado por Marcílio Lopes (bandolim), Jayme Vignoli (cavaquinho) e Paulo Aragão (violão), professores da Escola Portátil de Música (EPM), o grupo trabalha com repertório de choro em que figuram compositores como Anacleto de Medeiros, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth (autor de um tango brasileiro cujo título homônimo batiza o trio), outros ainda desconhecidos como Dionísio Bento da Silva, Candinho e Misael Domingues e ainda compositores em plena atividade no cenário musical atual além de composições próprias. A apresentação do trio e convidados tem a participação do percussionista londrinense André Vercelino, hoje radicado no Rio de Janeiro.

O espetáculo All That Jazz, uma verdadeira Jam Session com as maiores feras da música popular do país também é destaque da programação. No palco os músicos Edu Ribeiro (bateria), André Siqueira (guitarra), Fabio Torres (piano), Josué dos Santos (saxofone) e Gabriel Zara (contrabaixo elétrico e acústico) prometem um passeio pela criatividade e performance de grandes músicos.

Um dos grupos musicais com reconhecido trabalho no Brasil e no exterior, o Quinteto Villa-Lobos, também estará em Londrina. Fundado em 1962, atualmente é formado por Rubem Schuenck (flauta), Paulo Sergio Santos (clarineta), Philip Doyle (trompa) e Aloysio Fagerlande (fagote). Para o 36º FIML, o quinteto interpretará três das mais significativas obras do repertório brasileiro e internacional para quinteto de sopros. August Klughardt, autor alemão raramente apresentado no Brasil, se junta ao mais importante compositor brasileiro, Heitor Villa-Lobos, e a Oscar Lorenzo Fernandez, que escreveu a primeira obra para quinteto de sopros no Brasil, aqui apresentada. Em Londrina o grupo contará com a colaboração de Rodrigo Herculano (oboé).

Cena de "O Morcego" (foto: Alice Rodrigues)
Para quem aprecia música e performance cênica não pode perder “O Morcego”, opereta cômica de Johan Strauss II, com direção geral e musical da premiada soprano Mirna Rubim. O espetáculo estreou este ano no Rio de Janeiro e vem repleto de romantismo, pitadas de comédia, com temas universais inerentes ao ser humano como o ódio, o amor, a vingança e a vaidade.

Das apresentações com alunos do FIML, destaque para “O Grande Circo Místico” com direção cênica de Sílvio Ribeiro e direção geral de Celso Branco.  A trilha sonora é de Chico Buarque e Edu Lobo e conta a história do amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família proprietária do Grande Circo Knieps. Especialmente criado para o Balé Teatro Guaíra, com roteiro de Naum Alves de Souza, a partir do poema homônimo de Jorge de Lima, “O Grande Circo Místico” estreou em 1983 e ficou em turnê pelo país durante dois anos. Para a montagem londrinense, a obra teve as partituras especialmente arranjadas e privilegia o formato do canto coral acompanhado de piano ou mais instrumentos, com trechos voltados para solistas.

Também será formada a Camerata do 36º FIML, que apresentará em noite de gala, As Quatro Estações de Antonio Vivaldi e as Estações Portenhas de Astor Piazzolla, com solo e regência do grande violinista alemão Gustav Frielinghaus.

Atrações nacionais e internacionais

 
Piotr Oczkowsk (foto: divulgação)
Entre as atrações musicais, destaque para os músicos e artistas internacionais como os pianistas Piotr Oczkowski(Polônia) e Julija Botchkovskaia (Ucrânia), o violonista Santiago Garmêndia (Venezuela) e o violinista Gustav Frielinghaus (Alemanha), com recitais e concertos imperdíveis.

Os talentos nacionais também estarão representados pelo DJ Nezzo, um dos arquitetos da Cultura Hip-Hop do Brasil que vai comandar a Festa de Encerramento do festival no Bar Valentino.  O Valentino aliás, também será palco de diversas apresentações como as homenagens a Elis Regina e à cantora Carmem Miranda, dentro da programação do Festival by Night. Faz parte deste cardápio, a apresentação do pianista, compositor, arranjador e cantor Adriano Grineberg, um dos principais nomes do Blues contemporâneo no Brasil.

O FIML promove o evento “Moda de Viola/ Encontro de Violeiros” que contará com Orquestra de Viola Caipira, composta por 150 violeiros, e apresentação agendada no Concerto Azul Caixa, programado para o domingo, dia 10 de julho no Anfiteatro do Zerão. A apresentação terá a participação especial do gaúcho e versátil Samuca do Acordeon. A regência é de Rui Torneze. 

Um cardápio variado e eclético, onde a boa música se faz presente. Preparem-se, pois a temporada musical em Londrina vai começar. Acompanhe pelo site:  www.fml.com.br


O 36º Festival Internacional de Música de Londrina tem a direção artística do pianista Marco Antonio de Almeida, direção pedagógica de Magali Kleber e direção executiva de Lilian de Almeida. É uma realização da Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado do Paraná // Secretaria Municipal da Cultura - Prefeitura do Município de Londrina-Promic // Casa de Cultura - Universidade Estadual de Londrina e Associação de Amigos do FIML.
Patrocínio: BNDES; Vivo S/A; Kroton/Unopar; Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A); Caixa; Sistema FIEP/SESI; Vernie Citroen; Vanguard Home; Marajó Fiat; Unimed Londrina; Crillon Palace Hotel e Colégio Maxi. Realização Ministério da Cultura – Lei de incentivo a cultura Rouanet.

Apoio Cultural: Ação Social Pela Música do Brasil; Projeto Amigos do Guri; Governo do Estado de São Paulo; SIMPRO; Sonkey; ABEM; Catedral Metropolitana de Londrina; Rádio Universidade/UEL FM 107,9; Londrina Convention & Bureau; Café Itamaraty; Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora; Igreja Presbiteriana Central de Londrina; Iate Club Londrina; Artis Collegium; FeComercio-Sesc; Associação Médica de Londrina; Restaurante Seresta; Clínica Renascer na Serra; Café Três Corações; Centro Cultural Teatro Guaíra; Orquestra Villa Lobos- Instituto Cultural São Francisco de Assis; Orquestra Jovem Paquetá- Espaço Cultural da Grota e Supported by Culture PL.

*Esse texto foi produzido pela equipe de Comunicação do FML.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Alunos participam de ensaio da OSUEL





Alunos do Colégio Novo Milenium, de Cornélio Procópio


No dia 21 de junho, alguns alunos do primeiro ano do ensino médio do Colégio Novo Milenium, de Cornélio Procópio, participaram do ensaio da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL). Após o ensaio os alunos puderam conversar com os integrantes da orquestra e conhecer instrumentos.
Essa já é a segunda turma que participa de um ensaio da OSUEL. Em abril, os alunos do Colégio Chamberlain se sentaram entre a orquestra para assistir ao ensaio, depois também tiveram a oportunidade de conversar com os músicos e conhecer instrumentos.
A OSUEL está a disposição para receber alunos em seus ensaios; Para saber mais informações entre em contato pelo e-mail da Divisão de Música divisaomusica@uel.br.

 
Os alunos do Colégio Chamberlain visitaram o ensaio em Abril

Duo Clavis é convidado para participar do XIV Festival Internacional de Percussão da Patagônia

Festival é um dos mais importantes da América do Sul e 
será realizado entre os dias 28 de Junho a 2 de Julho 

Por Heloisa Moutinho
Duo Clavis
O evento está programado para acontecer no Instituto Universitario Patagónico de lãs Artes e na Fundación Cultural Patagônia de la Ciudad de General Roca, localizada na província de Rio Negro, Argentina. Artistas de diversos países foram convidados para participar, como Japão, Espanha, Chile, México, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Os músicos do Duo Clavis são um dos poucos brasileiros que representarão o país.
            O duo, formado em 2010 pelos músicos Marcello Casagrande (vibrafone/marimba) e Mateus Gonsales (piano), tem como base a divulgação de compositores brasileiros. Segundo Casagrande, o grupo tem como característica a utilização da improvisação para estrutura criativa das composições.
         Em 2015, a dupla gravou seu primeiro disco, também intitulado Duo Clavis, que está disponível no serviço de streaming Spotify. Nesse trabalho eles se voltaram para peças de artistas de Londrina, aproveitando para comemorar os 80 anos da cidade. A gravação trouxe novas oportunidades, Casagrande disse, “com o CD surgiram convites para tocarmos em outros lugares, como Uberlândia e Rio de Janeiro”.
No Festival eles apresentarão um concerto com o repertório do disco e mais algumas obras brasileiras. Entre elas, peças inéditas de compositores londrinenses, tais como Vitor Gorni (da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL)), André Siqueira (do departamento de música da Universidade Estadual de Londrina (UEL)), Fernando Kozu (também do departamento), entre outros. A produção será divulgada internacionalmente, levando os nomes da UEL e da OSUEL.

A dupla também foi convidada para participar de mais dois Festivais Internacionais, um no México e outro nos Estados Unidos.
Casa de Cultura
Duo Clavis, na esquerda Marcello Casagrande e na direita Mateus Gonsales
Marcello Casagrande é músico da OSUEL
 Confira a entrevista completa com Marcello Casagrande:

Casa de Cultura: Fale um pouco sobre a história do Duo Clavis
Marcello Casagrande: O Duo Clavis é formado por mim, eu toco vibrafone e marimba, e pelo Mateus Gonsales, que é pianista e também é de Londrina. Formamos esse grupo em 2010. É um grupo de música instrumental voltado para o estilo da improvisação.
Tocamos na região, fazendo projetos pelo Paraná, também somos convidados para tocar em outras regiões do Brasil. No ano passado gravamos nosso primeiro CD, e desse CD surgiram mais convites para tocarmos em outros lugares, tocamos em Uberlândia, no Rio de Janeiro e agora temos esse convite para tocar no Festival da Patagônia.
CC: Como vocês estão se sentindo em relação ao festival?
MC: Estamos ansiosos. Falta pouco tempo, a gente está na fase de preparação do que vamos tocar, que é praticamente as músicas do CD e mais algumas coisas do repertório que a gente já tem, um repertório mais antigo. Basicamente, música brasileira. E esse festival é interessante porque está em sua décima quarta edição. Da América do Sul, ele é um dos mais importantes de percussão. Grupos de vários países vão participar, Japão, Estados Unidos, muitos da América do Sul, México. Do Brasil acho que somos nós e um percursionista de Minas Gerais.
CC: Qual atividade vocês vão realizar no Festival?
MC: Um concerto, apresentando nosso repertório e possivelmente, uma masterclass, um workshop, para podermos falar sobre o trabalho do Duo.
CC: Em Londrina, vocês também realizam esse trabalho de workshop?
MC: Fizemos um projeto em 2013 de apresentar o concerto a noite e no mesmo local produzir uma aula no período da tarde.  Às vezes em Londrina fazemos alguns.
CC: Como é a receptividade do grupo na cidade?
MC: O público se interessa bastante porque o instrumental é diferente. Não são instrumentos comuns, tanto o vibrafone, quanto a marimba. Isso atrai muita gente. Às vezes as pessoas já reconhecem o timbre do instrumento, mas não sabem que era aquele instrumento, nunca viram ser tocado, então isso atrai as pessoas.
CC: Nesses seis anos de duo vocês acham que estão seguindo um bom caminho?
MC: Acho que conseguimos bastante coisa em pouco tempo. Por que tanto eu, quanto o Mateus, já tocávamos antes em outros grupos, então já tínhamos um conhecimento. Acho que aos poucos, estamos conseguindo, já gravamos o CD, agora vamos para o festival. Tem outros convites ainda, estamos esperando dinheiro para passagem. Mas já temos convites para os Estados Unidos e para o México. Nesse ano vamos tentar o (festival) da Patagônia e mais um.
CC: Para isso vocês precisam de patrocínio? Como funciona?
MC: Estamos correndo atrás disso. Precisamos da passagem, lá eles dão estadia e alimentação, mas a passagem é por conta dos artistas. A gente vai tentar fazer um show mais pra frente para arrumar isso. Ou até aquela coisa de cowdfunding (financiamento coletivo), estamos vendo se a gente monta um para ajudar nos custos.
CC: Como foi produzido o CD?
MC: O CD foi um projeto do PROMIC (Programa de Incentivo à Cultura). A maioria das obras do CD são de compositores daqui de Londrina e fizemos no ano que a cidade completaria 80 anos.
CC: Vocês têm algum projeto para o futuro?
MC: Queremos gravar outro CD, mas isso seria no ano que vem ou no próximo (2018). A gente tem um repertório antigo que não gravamos, também de compositores brasileiros e queremos gravar para registrar. 






sexta-feira, 24 de junho de 2016

Veja a crítica do filme 'Além da Estrada' que está em cartaz no Cine Com- Tour

Road movie mostra um Uruguai tão perdido quanto os protagonistas

por Marcelo Forlani






road movie é, por definição, um gênero que mostra um protagonista perdido, buscando descobrir-se. O brasileiro Charly Braun, estreante em longas-metragens, se jogou nas estradas do Uruguai com sua equipe e os atores Esteban Feune de Colombi e Jill Mulleady e participou intensamente destas descobertas. O filme, porém, não demonstra as mesmas incertezas que acometem os personagens Santiago (Colombi) e Juliette (Mulleady). Trata-se de uma direção segura e bastante estilosa.
Antes de cair na estrada, Braun já tinha dois premiados curtas-metragens na bagagem, Quero Ser Jack White Do Mundo Não Se Leva Nada. Além disso, havia feito os making-ofs de O Cheiro do RaloÚltima Parada 174, e Natimorto. E esta experiência nos bastidores do cinema se mostra bastante útil em Além da Estrada. Ao encontrar personagens reais e interessantes pelo caminho, Braun deixa sua câmera rodando e se apossa de suas histórias, tornando-as parte do filme, tudo isso sem perder a espontaneidade. É um voyeurismo saudável que só acrescenta ao resultado final, quebrando barreiras entre o ficcional e o real de forma enriquecedora para os personagens e os espectadores.
Durante a viagem vamos conhecendo melhor este
vizinho que só nos chama a atenção quando estamos no meio de um campeonato de futebol. O Uruguai que vemos é bastante pobre e destruído, mas também simpático e muito acolhedor. Santiago e Juliette estão ali por motivos diferentes, mas com um caminho que acaba se cruzando e seguindo paralelo. Ele, argentino, perdeu os pais recentemente e está indo ver um terreno comprado há muito tempo. Ela está fugindo do sistema que a "forçava" a ser uma garçonete na sua Bélgica natal, partindo agora atrás de um uruguaio que conheceu na Europa.
Entre o começo e o fim, os dois vão se conhecendo melhor e há sempre ali a esperança de algo mais. Mas nada é feito às pressas. Todas as situações apresentadas - do sarau à vernissage de seu tio ou uma visita a uma feira de cavalos - são recheadas de situações reais. Os dois personagens não ficam forçadamente juntos o tempo todo e esta individualidade é importantíssima ao desfecho, que acontece em uma comunidade hippie.
O resultado final é de uma beleza que inicialmente não condiz com a inexperiência de alguém fazendo seu primeiro filme. A firmeza com que capta os detalhes e varre os pampas uruguaios, desnudando o país e as pessoas que vai conhecendo no caminho são de alguém que sabe o que está fazendo. Mas cuidado: ao ver Além da Estrada você vai ficar com vontade de sair também de carro por aí ou fazer um road movie. Ou, se possível, as duas coisas, mas criar algo tão incitante não é tão fácil como Braun faz crer.

Trailer


Serviço 

Cine Com- Tour (Avenida Tiradentes, 1241 - Londrina)
Sessões: diariamente às 16h e às 20:30h
Ingressos: R$12 e R$ 6 (meia)



quarta-feira, 22 de junho de 2016

Saiba mais sobre os compositores que serão homenageados no 4º Concerto da Temporada Ouro Verde - Enrique Granados

A Orquestra Sinfônica da UEL realiza neste domingo, 26/06, o 4º Concerto da Temporada Ouro Verde sob a regência de seu Maestro Titular Alessandro Sangiorgi.
 O programa do concerto será composto apenas com compositores que “aniversariam” em 2016.

Em homenagem ao centenário de falecimento de Enrique Granados, será interpretado “Intermezzo” (da Ópera “Goyescas”) e a “Dança Espanhola nº 5” (Andaluza). A morte de Granados ocorreu de forma trágica quando, juntamente com sua esposa, retornava à Espanha após assistir a première, de grande sucesso, de sua Ópera “Goyescas” no Metropolitan de Nova York em 1916. Em meio à 1ª Guerra Mundial, o navio de passageiros francês “Sussex” em que viajava foi bombardeado por um submarino alemão no Canal da Mancha. A Ópera “Goyescas”, inspirada em pinturas de Francisco Goya, foi a primeira ópera de compositor espanhol encenada em Nova York.

Enrique Granados
Enrique Granados Campiña (Lérida27 de julho de 1867 — Canal da Mancha24 de março de 1916) foi um compositorespanhol.
Estudou piano com Joan Baptista Pujol e composição com Felipe Pedrell. Em 1883, com 16 anos, apresenta-se como pianista virtuoso, tocando a Sonata nº2 de Schumann.
Em 1887, viaja para a França e, em Paris, conhece DebussyRavel e Saint-Saëns. Seu primeiro sucesso como compositor foi a ópera "Maria del Carmen" (1898).
Sua maior obra é a suíte para piano "Goyescas" (1911), que faz referência a alguns quadros de Goya. Nesta obra, muito influenciada por Liszt, Granados parece atingir sua mais elevada inspiração.
Em 1916, é apresentada em Nova Iorque sua Ópera Goyescas, que é uma adaptação da versão original para piano da suíte Goyescas.
É autor também de canções para voz e piano, além de várias obras para piano, incluindo as conhecidas Danças Espanholas.
Sua morte ocorreu em condições trágicas.Devido ao torpedeamento do navio em que viajava, ele e sua esposa pereceram afogados nas águas do Canal da Mancha.

Enrique Granados
Serviço

Concerto da Orquestra Sinfônica da UEL (Temporada Ouro Verde)
Data: 26/06/2016, domingo
Horário: 10h30min
Local: Cine ComTour/UEL
Entrada gratuita

Fonte: Wikipedia

Saiba mais sobre os compositores que serão homenageados no 4º Concerto da Temporada Ouro Verde - Enrique Granados

A Orquestra Sinfônica da UEL realiza neste domingo, 26/06, o 4º Concerto da Temporada Ouro Verde sob a regência de seu Maestro Titular Alessandro Sangiorgi.
 O programa do concerto será composto apenas com compositores que “aniversariam” em 2016.

Em homenagem ao centenário de falecimento de Enrique Granados, será interpretado “Intermezzo” (da Ópera “Goyescas”) e a “Dança Espanhola nº 5” (Andaluza). A morte de Granados ocorreu de forma trágica quando, juntamente com sua esposa, retornava à Espanha após assistir a première, de grande sucesso, de sua Ópera “Goyescas” no Metropolitan de Nova York em 1916. Em meio à 1ª Guerra Mundial, o navio de passageiros francês “Sussex” em que viajava foi bombardeado por um submarino alemão no Canal da Mancha. A Ópera “Goyescas”, inspirada em pinturas de Francisco Goya, foi a primeira ópera de compositor espanhol encenada em Nova York.

Enrique Granados
Enrique Granados Campiña (Lérida27 de julho de 1867 — Canal da Mancha24 de março de 1916) foi um compositorespanhol.
Estudou piano com Joan Baptista Pujol e composição com Felipe Pedrell. Em 1883, com 16 anos, apresenta-se como pianista virtuoso, tocando a Sonata nº2 de Schumann.
Em 1887, viaja para a França e, em Paris, conhece DebussyRavel e Saint-Saëns. Seu primeiro sucesso como compositor foi a ópera "Maria del Carmen" (1898).
Sua maior obra é a suíte para piano "Goyescas" (1911), que faz referência a alguns quadros de Goya. Nesta obra, muito influenciada por Liszt, Granados parece atingir sua mais elevada inspiração.
Em 1916, é apresentada em Nova Iorque sua Ópera Goyescas, que é uma adaptação da versão original para piano da suíte Goyescas.
É autor também de canções para voz e piano, além de várias obras para piano, incluindo as conhecidas Danças Espanholas.
Sua morte ocorreu em condições trágicas.Devido ao torpedeamento do navio em que viajava, ele e sua esposa pereceram afogados nas águas do Canal da Mancha.

Enrique Granados
Serviço

Concerto da Orquestra Sinfônica da UEL (Temporada Ouro Verde)
Data: 26/06/2016, domingo
Horário: 10h30min
Local: Cine ComTour/UEL
Entrada gratuita

Fonte: Wikipedia

Saiba mais sobre os compositores que serão homenageados no 4º Concerto da Temporada Ouro Verde - Erik Satie

A Orquestra Sinfônica da UEL realiza neste domingo, 26/06, o 4º Concerto da Temporada Ouro Verde sob a regência de seu Maestro Titular Alessandro Sangiorgi.

O programa do concerto será composto apenas com compositores que “aniversariam” em 2016.

O nascimento de Erik Satie, há 150 anos, será lembrado através de duas de suas peças mais conhecidas as “Gymnopédies”. Originalmente publicadas em 1888, como “Três Gymnopédies” para piano, Debussy orquestrou, em 1897, a primeira e a terceira Gymnopédie para ajudar a popularizar o trabalho do amigo que a esta época passava por dificuldade financeira. Debussy acreditava que Gymnopedie nº 2 não deveria ser orquestrada.

Erik Satie



Éric Alfred Leslie Satie, assinando como Erik Satie a partir de 1884, (Honfleur17 de Maio de 1866 — Paris1 de Julho de 1925) foi um compositor e pianista francês.[1] Relevante no cenário de vanguarda parisiense do começo doséculo XX, foi o precursor de movimentos artísticos como minimalismomúsica repetitiva e teatro do absurdo.
Tornou-se cult entre os jovens compositores, que eram atraídos pelos títulos bem-humorados de suas peças, e exerceu grande influência em seus amigos, os notáveis contemporâneos Debussy e Ravel, mudando assim o curso da história da música. Foi ainda inovador por ter sido um dos precursores do ragtime, estilo de pré-jazz, com as estruturas minimalistas que ele propôs.

Biografia

Nascido no distrito de Pont-l'Evêque, em Honfleur, na região da Normandia, teve dois irmãos mais novos, Olga e Conrad. Sua mãe, Jane Leslie Aston, era escocesa e morreu quando ele tinha sete anos. Seu pai, Jules Alfred Satie, francês, foi morar em Paris e Erik foi criado por seu tio boêmio Adrien Satie. Em Honfleur aprendeu piano com Gustave Vinot, discípulo de Niedermeyer e organista da igreja de Sainte-Catherine.
Mudou-se para a capital francesa em 1878 e com quatorze anos ingressou no Conservatório de Paris,[1] onde foi depreciado pelos professores, sendo considerado medíocre, preguiçoso, imprestável e sem o menor senso de ridículo. Nos anos 1890, foi morar em um pequeno quarto na Rue Cortot 6, em Montmartre. Tornou-se pianista no Chat Noir,[1] onde se apresentou ao gerente como sendo "gymnopedista", e Auberge du Clou, onde conheceu Debussy. O títuloGymnopédie é tido como derivado do antigo festival grego Gymnopaedia, dedicado ao deus Apolo, onde jovens nus dançavam ao som da música de flauta e lira. No Chat Noir, aproximou-se do humorista Alphonse Allais, que o apelidou "Esotérik Satie".[2]
música de Satie foi na altura apreciada por poucos e desprezada pela maioria dos compositores e críticos musicais. Diversas fragilidades lhe costumavam ser apontadas, a mais importante das quais se referia à sua deficiente formação enquanto compositor e pianista. Dizia-se então que as suas miniaturas musicais com escalas pouco convencionais,harmonias estranhas e uma total ausência de virtuosismo instrumental eram apenas o reflexo de um compositor de fracos recursos técnicos.
Em 1891, influenciado pelo amigo Joseph-Aimé Péladan, ingressou na Ordem Cabalística da Rosa-Cruz, uma instituição voltada para o esoterismo, e também escreveu algumas composições para as cerimônias rosacrucianas. Insatisfeito, mais tarde fundou sua própria igreja, "L'Eglise Métropolitaine d'Art de Jésus Conducteur" ("A Igreja Metropolitana de Arte e Jesus como Guia"), da qual era o único membro,[2] e excomungava todos que discordassem dele.
Seu único amor foi a vizinha pintora e modelo dos pintores Renoir e DegasSuzanne Valadon. O romance, que durou só seis meses, começou em 14 de Janeiro de 1893 e Satie a pediu em casamento logo no primeiro dia, mas ela acabou se casando com outro. Em 1898[1] deixou Montmartre e se mudou para um modesto quarto na Rue Cauchy, 22, em Arcueil, subúrbio industrial de Paris, onde morou pelo resto de sua vida. Caminhava nove quilômetros todos os dias para ir tocar em Montmartre.
Satie foi um dos precursores do minimalismo, abolindo as estruturas complexas e sofisticadas, com absoluto despojamento e simplicidade da forma. Seu primeiro exemplo foi a peça Vexations (1893), formada por 32 compassos que se repetem 840 vezes.
Com quase quarenta anos, surpreendeu a todos quando resolveu voltar a estudar. Em 1905 ingressou na Schola Cantorum[1] de Paris e estudou contraponto[3] e orquestração com Vincent d'Indy e Albert Roussel. Havia abandonado por algum tempo a vida boêmia a que se entregara com empenho — incluindo as sessões do Chat Noir, onde tocava todas as noites. Após três anos recebeu o diploma com a avaliação "très bien" (muito bom).
Erik Satie
Acabou por se desinteressar das aulas e, após cerca de quinze anos sem compor, decidiu retomar a composição e regressar à vida noturna de Paris. Mas as suas peças continuaram a ser profundamente originais e discretamente subversivas, buscando inspiração num ambiente artístico estranho aos circuitos institucionais: os bares e cabarets que ele conhecia tão bem. Sua música passou a ganhar atenção a partir de 1911Maurice Ravel chegou a relevar à Sociedade Internacional de Música algumas de suas obras.[3]
Quatro anos depois, atraiu o interesse também de Jean Cocteau, o que proporcionou a produção de obras mais ambiciosas, como balés e uma cantata.[1] Por exemplo, o balé Parade (1917) foi concebido para o Ballet Russes de Serguei Diaguilev. Satie compôs a música, inovadora e original, na qual incorporou sons demáquina de escreversirene e tiro de pistola, e que foi objeto de escândalo. Cocteau escreveu o argumento. Pablo Picasso cuidou do cenário e do vestuário: os dois foram grandes amigos, e Picasso disse inclusive que Satie foi uma das influências mais importantes em sua vida.
Nesse balé apareceu pela primeira vez o termo surrealismo,[3] usado por Apollinaire sobre a obra, para descrever uma criação artística que explora o mundo dos sonhos e do subconsciente. A palavra "surrealismo" descreveu mais tarde todo um movimento artístico e literário que viria a surgir.
Sob encomenda da princesa de Polignac,[4] escreveu em 1918 Socrate, drama sinfônico para quatro sopranos e pequena orquestra, com textos de Platãotraduzidos por Victor Cousin, de uma austeridade extrema. Sua obra-prima que marcou sua mudança de estilo e gênero.
Satie foi mentor do grupo chamado Les Six, uma banda de vanguarda que reagiu contra a influência do romantismo e do impressionismo na música. Esse grupo era composto por Darius MilhaudArthur HoneggerFrancis PoulencGeorges AuricLouis Durey e Germaine Tailleferre, e tinha a supervisão de Jean Cocteau. Batizado por certo jornalista no começo de 1920, o nome era uma alusão ao Grupo dos Cinco.[5]
Em 1923, foi formada Escola de Arcueil, formada pelos discípulos de Satie (sob supervisão do próprio) Henri Pawl-PleyelRoger DesormièreMaxime Jacob e Henri Sauguet.[4]
Após anos de bebedeira, morreu de cirrose em 1 de julho de 1925. Em seu quarto acharam, atrás de seu velho piano, uma composição que acreditavam perdida, que ele tinha escrito uns 26 anos antes, chamada Jack-in-the-box.

Características 

Era um sujeito excêntrico e irreverente. Além de compor, Satie também gostava de escrever e fazer caricaturas, inclusive dele mesmo. Seus escritos autobiográficos, Mémoires d'un Amnésique, fizeram sucesso. Escreveu também escritos em forma degrafonola e Cahiers d'un Mammifère, um livro com poemas, canções e relatos que revelam seu estilo irônico.
Media 1,67 m. Era famoso por possuir doze ternos idênticos cinza de veludo e fazia coleção de guarda-chuvas e cachecóis. Detestava sol. Tinha mania de comida branca: arroz, ovo, coco, peixe, nabo, queijo, entre outras.
Criou o belo tema de abertura do programa Clássicos (TV Cultura)que chama-se Gymnopédie nº 2 das "Trois Gymnopédies" (1888), trata-se de uma composição para piano solo.

Criações

Foi o inventor da música ambiente, que ele chamava de musique d'ameublement. A música sendo usada como uma mobília, para preencher o ambiente. Segundo ele, era uma música que fizesse parte dos ruídos naturais e os levasse em conta, sem se impor, que tomasse conta dos estranhos silêncios que ocasionalmente caíam sobre os convidados, e que neutralizasse os ruídos da rua. Mas sua música não funcionava porque as pessoas insistiam em ficar quietas prestando atenção ao seu desempenho. Daí ele gritava nervoso: "Falem alguma coisa! Mexam-se! Não fiquem aí parados só escutando!". Na época sua idéia pareceu uma piada. Outra coisa interessante eram as instruções de interpretação que ele anotava em suaspartituras.

Fonte: Wikipedia