O grupo foi recebido por Juliana Miranda responsável pela parte pedagógica da Casa de Cultura Artes Plásticas, que conversou sobre a arte fotográfica da exposição. Mostrar o movimento da dança por meio do estático é um dos desafios que a fotografia é algo que ainda provoca o espectador. Além de promover essa discussão, a exposição provoca uma reflexão sobre a dualidade da dança comtemporânea e dança clássica, a expressão corporal e o registro do movimento artístico do gênero na Alemanha.
Movimento e fotografia - que contradição!
Movimento – motor de qualquer modificação – compreende-se como o princípio do vivo e contemporâneo em si mesmo. Ele tem seu ápice estético na dança artística, significando movimento levado pela música, melodia e ritmo. Dança simboliza dinâmica e modificação constante.
A fotografia é simultaneamente um movimento e uma perda. Uma perda por não poder captar a duração de um movimento corporal específico. A fotografia fragmenta o espaço e divide o tempo. Permanece um vestígio da luz refletida sobre uma superfície bidimensional, um segmento congelado. A fotografia da dança cria um momento estático sendo decorrentemente mais ‘artística’ que as artes plásticas, uma vez que ela ‘fotografa’ aquilo do qual ela apenas pode captar um fragmento. A fotografia da dança mostra o corpo como uma mescla de tempo e luz, como movimento quase intangível e nele se confronta com a ambivalência da dinâmica e da captação momentânea/do momentâneo.
A exposição Imagens da dança compreende 50 fotografias – coloridas e em p/b, bem como instalações de vídeo com fotografias de dança selecionadas de artistas/fotógrafos da Alemanha. Baseada em famosas companhias de dança internacionais como William Forsythe e Sasha Waltz, a mostra oferece um panorama representativo de uma forma de arte na região limítrofe entre documentação e autonomia artística. Concebida como exposição itinerante, após sua estréia na Alemanha em abril de 2006, o material iniciou uma turnê mundial com o apoio do Goethe-Institut.
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