Festival é um dos mais importantes da América do Sul e
será realizado entre os dias 28 de Junho a 2 de Julho
Por Heloisa Moutinho
Duo Clavis |
O evento está programado para acontecer no Instituto Universitario Patagónico de lãs
Artes e na Fundación Cultural
Patagônia de la Ciudad
de General Roca, localizada na província de Rio Negro, Argentina. Artistas
de diversos países foram convidados para participar, como Japão, Espanha,
Chile, México, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Os músicos do Duo Clavis são
um dos poucos brasileiros que representarão o país.
O duo, formado em 2010 pelos músicos Marcello
Casagrande (vibrafone/marimba) e Mateus Gonsales (piano), tem como base a
divulgação de compositores brasileiros. Segundo Casagrande, o grupo tem como
característica a utilização da improvisação para estrutura criativa das
composições.
Em 2015, a dupla gravou seu
primeiro disco, também intitulado Duo Clavis, que está disponível no serviço de
streaming Spotify. Nesse trabalho
eles se voltaram para peças de artistas de Londrina, aproveitando para
comemorar os 80 anos da cidade. A gravação trouxe novas oportunidades,
Casagrande disse, “com o CD surgiram convites para tocarmos em outros lugares,
como Uberlândia e Rio de Janeiro”.
No Festival eles apresentarão um concerto com o
repertório do disco e mais algumas obras brasileiras. Entre elas, peças
inéditas de compositores londrinenses, tais como Vitor Gorni (da Orquestra
Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL)), André Siqueira (do departamento
de música da Universidade Estadual de Londrina (UEL)), Fernando Kozu (também do
departamento), entre outros. A produção será divulgada internacionalmente,
levando os nomes da UEL e da OSUEL.
A dupla também foi convidada para participar de mais
dois Festivais Internacionais, um no México e outro nos Estados Unidos.
Casa de Cultura |
Duo Clavis, na esquerda Marcello Casagrande e na direita Mateus Gonsales |
Marcello Casagrande é músico da OSUEL |
Casa de
Cultura: Fale um pouco sobre a
história do Duo Clavis
Marcello Casagrande: O Duo
Clavis é formado por mim, eu toco vibrafone e marimba, e pelo Mateus Gonsales,
que é pianista e também é de Londrina. Formamos esse grupo em 2010. É um grupo
de música instrumental voltado para o estilo da improvisação.
Tocamos na
região, fazendo projetos pelo Paraná, também somos convidados para tocar em
outras regiões do Brasil. No ano passado gravamos nosso primeiro CD, e desse CD
surgiram mais convites para tocarmos em outros lugares, tocamos em Uberlândia,
no Rio de Janeiro e agora temos esse convite para tocar no Festival da
Patagônia.
CC: Como
vocês estão se sentindo em relação ao festival?
MC: Estamos ansiosos. Falta pouco tempo,
a gente está na fase de preparação do que vamos tocar, que é praticamente as
músicas do CD e mais algumas coisas do repertório que a gente já tem, um
repertório mais antigo. Basicamente, música brasileira. E esse festival é
interessante porque está em sua décima quarta edição. Da América do Sul, ele é um
dos mais importantes de percussão. Grupos de vários países vão participar,
Japão, Estados Unidos, muitos da América do Sul, México. Do Brasil acho que
somos nós e um percursionista de Minas Gerais.
CC: Qual atividade vocês vão realizar no Festival?
MC: Um concerto, apresentando nosso repertório
e possivelmente, uma masterclass, um workshop, para podermos falar sobre o
trabalho do Duo.
CC: Em Londrina, vocês também realizam esse trabalho de
workshop?
MC: Fizemos um projeto em 2013 de apresentar o
concerto a noite e no mesmo local produzir uma aula no período da tarde. Às vezes em Londrina fazemos alguns.
CC: Como é a receptividade do grupo na cidade?
MC: O público se interessa bastante
porque o instrumental é diferente. Não são instrumentos comuns, tanto o
vibrafone, quanto a marimba. Isso atrai muita gente. Às vezes as pessoas já
reconhecem o timbre do instrumento, mas não sabem que era aquele instrumento,
nunca viram ser tocado, então isso atrai as pessoas.
CC: Nesses seis anos de duo vocês acham que estão
seguindo um bom caminho?
MC: Acho que conseguimos bastante coisa
em pouco tempo. Por que tanto eu, quanto o Mateus, já tocávamos antes em outros
grupos, então já tínhamos um conhecimento. Acho que aos poucos, estamos
conseguindo, já gravamos o CD, agora vamos para o festival. Tem outros convites
ainda, estamos esperando dinheiro para passagem. Mas já temos convites para os
Estados Unidos e para o México. Nesse ano vamos tentar o (festival) da
Patagônia e mais um.
CC: Para isso vocês precisam de patrocínio? Como
funciona?
MC: Estamos correndo atrás disso.
Precisamos da passagem, lá eles dão estadia e alimentação, mas a passagem é por
conta dos artistas. A gente vai tentar fazer um show mais pra frente para
arrumar isso. Ou até aquela coisa de cowdfunding (financiamento coletivo), estamos vendo se a gente monta um para ajudar nos custos.
CC: Como foi produzido o CD?
MC: O CD foi um projeto do PROMIC
(Programa de Incentivo à Cultura). A maioria das obras do CD são de
compositores daqui de Londrina e fizemos no ano que a cidade completaria 80
anos.
CC: Vocês têm algum projeto para o futuro?
MC: Queremos gravar outro CD, mas isso
seria no ano que vem ou no próximo (2018). A gente tem um repertório antigo que não
gravamos, também de compositores brasileiros e queremos gravar para
registrar.
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