segunda-feira, 27 de junho de 2016

Duo Clavis é convidado para participar do XIV Festival Internacional de Percussão da Patagônia

Festival é um dos mais importantes da América do Sul e 
será realizado entre os dias 28 de Junho a 2 de Julho 

Por Heloisa Moutinho
Duo Clavis
O evento está programado para acontecer no Instituto Universitario Patagónico de lãs Artes e na Fundación Cultural Patagônia de la Ciudad de General Roca, localizada na província de Rio Negro, Argentina. Artistas de diversos países foram convidados para participar, como Japão, Espanha, Chile, México, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Os músicos do Duo Clavis são um dos poucos brasileiros que representarão o país.
            O duo, formado em 2010 pelos músicos Marcello Casagrande (vibrafone/marimba) e Mateus Gonsales (piano), tem como base a divulgação de compositores brasileiros. Segundo Casagrande, o grupo tem como característica a utilização da improvisação para estrutura criativa das composições.
         Em 2015, a dupla gravou seu primeiro disco, também intitulado Duo Clavis, que está disponível no serviço de streaming Spotify. Nesse trabalho eles se voltaram para peças de artistas de Londrina, aproveitando para comemorar os 80 anos da cidade. A gravação trouxe novas oportunidades, Casagrande disse, “com o CD surgiram convites para tocarmos em outros lugares, como Uberlândia e Rio de Janeiro”.
No Festival eles apresentarão um concerto com o repertório do disco e mais algumas obras brasileiras. Entre elas, peças inéditas de compositores londrinenses, tais como Vitor Gorni (da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (OSUEL)), André Siqueira (do departamento de música da Universidade Estadual de Londrina (UEL)), Fernando Kozu (também do departamento), entre outros. A produção será divulgada internacionalmente, levando os nomes da UEL e da OSUEL.

A dupla também foi convidada para participar de mais dois Festivais Internacionais, um no México e outro nos Estados Unidos.
Casa de Cultura
Duo Clavis, na esquerda Marcello Casagrande e na direita Mateus Gonsales
Marcello Casagrande é músico da OSUEL
 Confira a entrevista completa com Marcello Casagrande:

Casa de Cultura: Fale um pouco sobre a história do Duo Clavis
Marcello Casagrande: O Duo Clavis é formado por mim, eu toco vibrafone e marimba, e pelo Mateus Gonsales, que é pianista e também é de Londrina. Formamos esse grupo em 2010. É um grupo de música instrumental voltado para o estilo da improvisação.
Tocamos na região, fazendo projetos pelo Paraná, também somos convidados para tocar em outras regiões do Brasil. No ano passado gravamos nosso primeiro CD, e desse CD surgiram mais convites para tocarmos em outros lugares, tocamos em Uberlândia, no Rio de Janeiro e agora temos esse convite para tocar no Festival da Patagônia.
CC: Como vocês estão se sentindo em relação ao festival?
MC: Estamos ansiosos. Falta pouco tempo, a gente está na fase de preparação do que vamos tocar, que é praticamente as músicas do CD e mais algumas coisas do repertório que a gente já tem, um repertório mais antigo. Basicamente, música brasileira. E esse festival é interessante porque está em sua décima quarta edição. Da América do Sul, ele é um dos mais importantes de percussão. Grupos de vários países vão participar, Japão, Estados Unidos, muitos da América do Sul, México. Do Brasil acho que somos nós e um percursionista de Minas Gerais.
CC: Qual atividade vocês vão realizar no Festival?
MC: Um concerto, apresentando nosso repertório e possivelmente, uma masterclass, um workshop, para podermos falar sobre o trabalho do Duo.
CC: Em Londrina, vocês também realizam esse trabalho de workshop?
MC: Fizemos um projeto em 2013 de apresentar o concerto a noite e no mesmo local produzir uma aula no período da tarde.  Às vezes em Londrina fazemos alguns.
CC: Como é a receptividade do grupo na cidade?
MC: O público se interessa bastante porque o instrumental é diferente. Não são instrumentos comuns, tanto o vibrafone, quanto a marimba. Isso atrai muita gente. Às vezes as pessoas já reconhecem o timbre do instrumento, mas não sabem que era aquele instrumento, nunca viram ser tocado, então isso atrai as pessoas.
CC: Nesses seis anos de duo vocês acham que estão seguindo um bom caminho?
MC: Acho que conseguimos bastante coisa em pouco tempo. Por que tanto eu, quanto o Mateus, já tocávamos antes em outros grupos, então já tínhamos um conhecimento. Acho que aos poucos, estamos conseguindo, já gravamos o CD, agora vamos para o festival. Tem outros convites ainda, estamos esperando dinheiro para passagem. Mas já temos convites para os Estados Unidos e para o México. Nesse ano vamos tentar o (festival) da Patagônia e mais um.
CC: Para isso vocês precisam de patrocínio? Como funciona?
MC: Estamos correndo atrás disso. Precisamos da passagem, lá eles dão estadia e alimentação, mas a passagem é por conta dos artistas. A gente vai tentar fazer um show mais pra frente para arrumar isso. Ou até aquela coisa de cowdfunding (financiamento coletivo), estamos vendo se a gente monta um para ajudar nos custos.
CC: Como foi produzido o CD?
MC: O CD foi um projeto do PROMIC (Programa de Incentivo à Cultura). A maioria das obras do CD são de compositores daqui de Londrina e fizemos no ano que a cidade completaria 80 anos.
CC: Vocês têm algum projeto para o futuro?
MC: Queremos gravar outro CD, mas isso seria no ano que vem ou no próximo (2018). A gente tem um repertório antigo que não gravamos, também de compositores brasileiros e queremos gravar para registrar. 






Nenhum comentário:

Postar um comentário