Oficina "Corpo Meu"
ministrada por Janaína Ribeiro
de 27 a 30 de agosto, das 15h às 19h
OFICINA
CORPO MEU
Corpo que me é devido,
Que me serve,
Corpo reservado a mim.
A oficina Corpo Meu ou Corpo Ancestral investiga uma espécie de herança presente em forças íntimas e naturais, que estão cravadas e latentes em nosso corpo, e que é revelada na investida na dança, na ação, na arte.
Partimos da dança dos orixás, que tem como papel fundamental religar o homem a uma força divina, que promove uma compreensão e comunhão com a natureza, com a vida e seu vínculo ancestral. As danças mostram seu poder e suas histórias através dos movimentos, como também, trabalham os elementos vitais (água, fogo, terra, ar), e suas potências imagéticas através de códigos rítmicos, de fluidez, força e precisão.
A prática envolve princípios da polirritmia, do policentrismo, da repetição, dimensionalidade e aspecto holístico. As danças enfatizam toda ligação com o solo, sendo esta a raiz primordial da oficina. Apreender a força, e energia de suas estruturas, para então transformá-las, é redescobrir e acordar potencialidades que estão latentes em nosso corpo. Honrar o que somos e nos perceber como potência; a dança dos orixás nos revela que somos aqueles que caminharam antes de nós, e também, somos os que hoje caminham.
CURRÍCULO
Janaina Ribeiro, atriz e dançarina. Bacharel em interpretação teatral pela Universidade Estadual de Londrina (2006), e pós-graduada em Filosofia Moderna e Contemporânea (2008 pela mesma universidade). Tem como base o estudo de Antonin Artaud e o Butoh. Atualmente é integrante do bloco afro Ilú Obá de Min. Na dança fez aulas de Ballet clássico e contemporâneo, danças brasileiras e afro. Já participou de oficinas/ workshops ministrados por Augusto Omolú (Odin Teatret), Sergio Penna, Farm in the Cave (República Tcheca), Ricardo Pucetti (Lume), Maura Baiocchi, Wolfgang Pannek e Nourit Masson – Sékiné, Carlos Simioni (Lume), Tadashi Endo, Inês Marocco, Filipe Crawford, Roberta Carrieri (Odin Teatret), Christine Greiner, Jesser de Souza (Lume), Cristiane Paoli Quito, entre outros. Últimos espetáculos teatrais: A Idade da Ameixa, como assistente de direção e direção técnica, direção de Luiz Valcazaras. Sappho de Lesbos com direção de Patricia Aguille. Rit.U, direção de Wolfgang Pannek e Maura Baiocchi. Cortejo Báquico com direção de Vera Lúcia Pilchowski.
CARGA HORÁRIA
A oficina terá um período de quatro (04) dias com quatro (04) horas à aula, totalizando dezesseis (16) horas.
PÚBLICO ALVO
Atores, bailarinos, artistas com algum conhecimento em teatro e/ou dança.
CRONOGRAMA
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Exercícios |
1º dia - fogo | Aquecimento/preparação para as danças: escápula/ tronco/ ombros, Ijexá, dança pé no chão. Dança dos orixás: Ogum (fogo ígneo), Xangô (fogo elétrico) e Iansã (fogo emoções). Transformação dessas matrizes. |
2º dia – água | Aquecimento/preparação: Ijexá, Jicá. Dança dos orixás: Oxum (água doce), Iemanjá (água salgada). Transformação dessas matrizes através do elemento água e as diferentes densidades e intensidades. |
3º dia – terra/matas | Aquecimento/preparação: Jicá, tambor de crioula, dança de caboclo. Dança dos orixás: Oxóssi (matas, florestas), Obaluaiê (terra transformação), Nanã (lama). Transformação e transposição das matrizes para o plano baixo, solo, aterrando toda a movimentação. Corpo e chão/terra um único corpo. |
4º dia | Aquecimento/preparação: movimentos afros. Relembrar as danças dos orixás, enfatizando a passagem de um elemento vital a outro, mesclando esses elementos e suas potencialidades. Resgatar as danças e movimentos já apreendidos e por meio deles resgatar memórias, movimentos e sons esquecidos. Usando também de base algumas passagens, caminhos da mitologia dos orixás. |
VALOR DE INSCRIÇÃO: R$ 10,00 (dez reais)
Informações e inscrições na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL
Endereço: Avenida Celso Garcia Cid, 205 - Telefone para contato: 3322 - 1030
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